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O CDS é um partido à beira de se reencontrar com a sua história. A missão do CDS é a de permitir que num sistema democrático pluralista se exercite um humanismo personalista capaz de, num quadro de exigência de progresso, responder aos anseios de todos e de cada um dos portugueses.

Em liberdade, temos todos nós de ser capazes de participar activamente na vida comunitária. Solidariamente e com responsabilidade, temos todos nós de contribuir para um efectivo progresso económico e social. Com tolerância, temos todos nós de respeitar o outro indivíduo e ser humano.

Estes princípios éticos guiam o CDS na sua trajectória político-partidária. Foram eles e quem neles acreditou que permitiram que o CDS elegesse 16 deputados à Assembleia Constituinte de 1975. Logo no ano seguinte, o CDS ultrapassou o então PCP e colocou-se, numa bancada com 42 deputados, lado a lado com os outros dois grandes partidos democráticos portugueses.

O passado histórico do CDS não pode nunca ser esquecido. O CDS foi e será sempre essencial à democracia portuguesa. O passado do CDS é também uma lição de alguns erros que não podem voltar a ser cometidos.

Encontramo-nos numa encruzilhada histórica: assistimos nas últimas eleições legislativas o CDS ficar à frente da CDU e BE e queremos nas próximas eleições voltar a merecer a confiança dos portugueses que já votaram em nós e de muitos outros que o hão-de fazer e permitir que, mais uma vez, o CDS se encontre com o seu destino de grande força partidária portuguesa.

Cumulativamente, existe uma janela de oportunidade que poderá impedir que vitórias nacionais do CDS não sejam a prazo, nem comprometidas com alianças de sacrifício em prol de Portugal e dos portugueses. Refiro-me obviamente às eleições autárquicas de 2013, data em que necessariamente novos protagonistas autárquicos entrarão em cena, espero que muitos do CDS para podermos cimentar o futuro deste e para que possamos deixar de dizer que para um partido como o CDS uma oportunidade é sempre a última oportunidade.

Se tudo for feito como deve ser feito, o que já está a ser conseguido, a partir de 2013 dificilmente se repetirá o anúncio do fim do CDS.

Os militantes do CDS no distrito de Coimbra sabem o momento em que vivemos e não hesitaram em eleger a Comissão Política Distrital que encabecei, fazendo uma clara aposta nas nossas convicções e no partido em que nos revemos.

Os excelentes resultados das eleições legislativas permitiram a eleição do Dr. Serpa Oliva como deputado à Assembleia da República, fornecendo um claro sinal para o futuro do CDS. Um futuro com passado, responsável e credível. A eleição do Dr João Serpa Oliva é igualmente um apelo à estrutura partidária, responsabilizando a CPD ora eleita a criar mais e melhor aparelho, de tal forma que estejamos preparados para os embates que se avizinham.

Para que a vitória legislativa seja sustentável são centenas de militantes que teremos de pôr a participar activamente, criando estruturas concelhias credíveis, um partido pronto para qualquer acto eleitoral.

O que de diferente se fará de ora em diante é inverter uma lógica de má memória. O que se vai conseguir é aumentar o número de filiados, fomentar e potenciar a discussão política distrital e concelhia, apostar na diversidade e na participação activa na vida dos concelhos.

A equipa formada encontra-se motivada. Desde o deputado Serpa Oliva ao vereador Luis Providência, aos vice-presidentes Fernando Sansana e Anabela Salgueiro, ao secretário Jorge Conceição e todos os vogais sem excepção, incluindo a Juventude Popular. Sabemos o que nos espera e o que de nós vamos ter de dar para termos um CDS forte no distrito e determinante em Portugal.

Todas as lutas políticas terão de ser travadas sem descanso. Desde já vamos dar o nosso apoio ao deputado Serpa Oliva no seu esforço contra a co-incineração. Outros temas se seguirão, como a regionalização.

Para estarmos preparados para as discussões que se avizinham, irá ser formado um Conselho Consultivo que reunirá o saber e competência de muitos no apoio a uma Distrital com dimensão e actividade política. António Figueiredo, Ferreira Ramos, Helena Mendes, João Aldeia, João Moura Alves, Jorge Morato, Nuno Correia da Silva e Sampaio e Nora são já alguns dos nomes de pessoas que se disponibilizaram a dar o seu contributo.

Internamente, haverá uma série de divisões orgânicas que vão permitir agilizar a estrutura distrital: com organização e competência irá ser executada a tarefa de implantação do partido no distrito, as intervenções dentro do próprio partido irão ser concertadas, e a actividade política será enérgica.

A nossa vontade política é a de abertura e crescimento e será credibilizada através de um trabalho paciente e profundo. Todos os eleitos no passado dia 9 de Janeiro sabem que fazem parte de uma equipa ao serviço do CDS e estarão, disso não tenho a mínima dúvida, à altura da responsabilidade que assumiram. O seu empenho e dedicação são a garantia de sucesso e concretização dos ideais democrata-cristãos.

A bem do CDS, do distrito de Coimbra e de Portugal.

Coimbra, Portugal 10/01/2010 00:25 (LUSA)
Temas: Política, Eleições
Coimbra, 09 Jan (Lusa) – A lista liderada pelo advogado Paulo Almeida venceu hoje as eleições para a Comissão Política Distrital de Coimbra do CDS/PP, derrotando o actual presidente, Nunes da Silva.
De 36 anos, vice-presidente de Nunes da Silva, o novo líder, com a sua lista, triunfou em todos os
órgãos distritais por margens entre 67 e 68 por cento, fazendo eleger Maria José Falcão de Brito para o Conselho de Jurisdição e Serpa Oliva para a Mesa do Plenário.
“É o início de uma caminhada, e o rumo são as eleições autárquicas de 2013”, declarou à agência Lusa o vencedor, frisando que pretende começar já a trabalhar para “conseguir o maior número de autarcas e alicerçar o partido a nível nacional”.
A criação de órgãos concelhios em todos os 17 concelhos do distrito é o meio para atingir esse objectivo.
Actualmente o CDS/PP apenas tem a funcionar órgãos nos municípios de Coimbra, Oliveira do Hospital e Figueira da Foz.
No entanto, Paulo Almeida diz que noutros concelhos há pessoas que tem vindo a trabalhar em prol do partido, e que nos municípios de Cantanhede e Mira as votações no CDS/PP têm sido idênticas ou superiores à nacional.
O médico Serpa Oliva, deputado na Assembleia da República pelo círculo de Coimbra, que foi
reconduzido no cargo de presidente da Mesa do Plenário Distrital, afirmou que a participação dos
militantes na votação, de 61,6 por cento, é uma demonstração de que “o partido está vivo e que quer participar na reconstrução do CDS/PP” a nível nacional.


FF.
Lusa/fim
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